Maçons pela Democracia - VII Declaração ao Povo Brasileiro Liberdade, Igualdade e Fraternidade
DITADURA NUNCA MAIS!
Repúdio ao Golpe de 1º de abril de 1964
Não é sem motivos que os maçons recitam, ao iniciar uma sessão, que ali se reúnem para combater a tirania. Aqueles que, violando seus juramentos, defendem tortura, ditadura, matança ou racismo não mantém conosco diferenças políticas, mas de caráter.
Jamais poderia um maçom que honra seu avental nutrir esses ignóbeis sentimentos ou defender qualquer tipo de ditadura.
Essa é a posição do grupo Maçons pela Democracia que falam com base em convicções pessoais sobre o dever cívico de um maçon.
Por isso, declaramos nosso repúdio aos que comemoraram, no dia 31 de março, o golpe militar ocorrido em 1º de abril de 1964. A partir dessa mentira com a data de sua implementação, lançou o Brasil numa sequência de arbítrio, entreguismo de nossas riquezas e supressão de históricos direitos fundamentais. Agora, como é próprio das pessoas indignas, tenta operar uma revisão histórica, que bem poderia ser chamada de apologia ao crime, transformando as atrocidades cometidas em atos necessários à preservação da Democracia.
Em petição dirigida à Justiça, hoje, o MPF ressalta que a nota do Ministério da Defesa demonstra “menoscabo ao Estado Democrático de Direito” e ressalta que “Não condiz com o conteúdo desse princípio o agente público valer-se da função pública exercida para fazer, em canal oficial de comunicação, menções elogiosas ao regime de exceção instalado no País por meio do golpe militar de 1964, que violou, de forma sistemática, direitos humanos, valendo-se, inclusive, da prática de tortura e execuções de pessoas, e que, reconhecidamente, levou à responsabilização do Brasil em âmbito internacional”, completa.
O Presidente da Assembleia Constituinte implantada em 1988, num momento de rara felicidade, após chamar de facínoras os agentes da ditadura, definiu o sentimento que deve nortear os verdadeiros patriotas:
“ÓDIO E NOJO À DITADURA!”
Rio de Janeiro, 1 de abril de 2022
Subscrevem a VII Carta dos Maçons Pela Democracia, em ordem alfabética, os maçons: André Cantuária, Arthur Aveline, Dener Coelho, Edson Rangel, Emanuel Cancella, Everaldo Costa, Fábio Farias, Francisco Soriano, George Torres, Gilson Gomes, Glauber Bella Chau, Guaraci Correa Porto, João Custódio, José Amaral de Brito, Paulo Ramos, Renato Lopes, Sebastião Calvet, Sérgio Abad, Sydney Castro e Vinícius Branco.