Esquerda unida em torno de Dilma sai às ruas em São Paulo
Em três atos consecutivos (um com enfoque na unidade dos movimentos sociais e dois de destinados à combater a onda conservadora e fascista desatada em São Paulo depois do primeiro turno das eleições), quase duas mil pessoas reuníram-se ontem no Largo do Arouche, centro da capital paulista.
Estiveram presentes no ato figuras PT historicamente ligadas aos movimentos sociais e que desta vez não resultaram eleitos nas votações devido à girada conservadora nas instâncias parlamentares, como Adriano Diogo, Renato Simões e Eduardo Suplicy, assim como figuras intelectuais que historicamente ligam-se à esquerda.
Marilena Chauí, filósofa docente da Universidade de São Paulo, apresentou uma série de denúncias em relação à candidatura neoliberal de Aécio Neves: “Elimina-se o conceito de direitos e troca-se por serviços, privados e pagos, ferindo assim o coração da democracia, disse”.
Também esteve presente Jean Willys (eleito deputado federal pelo PSOL-RJ), que foi um dos primeiros de seu partido (que liberou os militantes a votarem individualmente) a decidir apoiar Dilma Rousseff no segundo turno.
Fernando, jovem militante do Movimento de Luta Contra o Neoliberalismo disse ao INVERTA: “Não podemos hesitar. Quem acha que o Neoliberalismo pós-crise vai ser uma reedição do neoliberalismo dos anos 90, quando o centro do capitalismo mundial estava enchendo a barriga de dinheiro com o desmonte do Campo Socialista, se engana. A ameaça de um neoliberalismo do século XXI é a ameaça de um neoliberalismo beligerante, da política econômica de um capitalismo agonizante que precisa impor militarmente seu poder a todo o planeta para continuar existindo enquanto sistema. Com todas as críticas que possamos fazer, é mais do que necessário assumir a defesa combativa dos doze anos do governo Lula-Dilma e da candidatura de Dilma em 2014”.
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