Ato na ABI em Defesa da Petrobrás
Um grande ato na ABI realizado, no dia 24/02, no centro do Rio, reuniu centenas de militantes, intelectuais e personalidades em defesa da Petrobrás. O evento foi organizado pela CUT, pela FUP, pela UNE, pelo MST, pela OAB entre outros movimentos sociais e fez parte do lançamento de um manifesto de intelectuais em defesa da Petrobrás que vem sofrendo ataques diários da grande imprensa.
O ex-presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente a manifestação e fez o último discurso da noite. Estiveram presentes também várias personalidades como o presidente da CUT, Wagner Freitas, o cineasta Luiz Carlos Barreto, o jornalista Eric Nepobuceno, o jornalista Luis Nassif, o coordenador da FUP, José Maria Rangel, a presidente da UNE, Vic Barros, o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossiam e o coordenador do MST, João Pedro Stédile entre outros representantes de entidades e movimentos sociais.
Dentre os discursos foi feita uma convocação para que no dia 13 de Março seja feita uma manifestação a nível nacional em defesa da Petrobrás.
No seu pronunciamento Lula, falou que tem muito orgulho de quando foi presidente ter sido um dos que mais incentivou o conteúdo nacional nas obras e equipamentos da empresa. E que por isso teve um debate com o José Sérgio Gabrielli sobre a construção de plataformas de petróleo no Brasil que sairia mais caro, mas que era fundamental para gerar emprego e renda entre os trabalhadores brasileiros.
Lula disse ainda que as elites neste país não se conformam com a ascenção de uma parte dos mais pobres no sistema de consumo e que por isso eles não aceitam as figuras dos representantes do povo como Lula, Wagner Freitas e João Pedro Stédile mandando nos destinos do Brasil. O ex-presidente afirmou ainda que quando o Brasil descobriu o pré-sal a primeira coisa que os EUA fizeram foi reativar a Quarta Frota para ela ficar passeando no Atlântico Sul, mas segundo ele, a resposta dos países da América do Sul foi criar a Unasul para mostrar que as nações estavam unidas contra qualquer ameaça de agressão.
No final do seu discurso Lula disse que defender a Petrobrás é defender o Brasil e que ao mesmo tempo não devemos passar a mão na cabeça das pessoas que fizeram coisas erradas na empresa, mas cabe a justiça resolver este caso e não a imprensa.
O coordenador do MST, João Pedro Stédile, fez um discurso em defesa da Petrobrás em que disse que para virar o jogo contra a campanha da grande mídia é preciso que as pessoas tomem as ruas do Brasil no dia 13 de Março.
Nem que seja ir até um posto de gasolina da companhia mostrar que esta empresa pertence ao povo brasileiro e que este não deixará que os inimigos da Petrobrás sejam vitoriosos. Stédile mencionou ainda o movimento conservador está sendo articulado na América Latina para desestabilizar os governos do Brasil, Argentina e da Venezuela que estão resistindo bravamente às políticas neoliberais. A solidariedade aos povos latino-americanos é fundamental neste momento decisivo atestou o líder do MST.
O presidente da CUT, Wagner Freitas, disse que os trabalhadores da Petrobrás devem sentir orgulho da empresa em que trabalham e não baixarem a cabeça como quer a grande imprensa. Ele afirmou que em um universo de 86 mil funcionários da estatal se 100 pessoas cometem erros isso não chega a 1% do total de trabalhadores da empresa. Wagner Freitas salientou ainda que todos os envolvidos em atos ilícitos devem ser punidos pela justiça, mas devem ter direito ao processo democrático de direito e não serem linchados moralmente pelos meios de comunicação. E concluiu dizendo que a defesa da Petrobrás é a luta pela continuidade do processo democrático no Brasil e que por isso todos devem ir às ruas no dia 13 de março em apoio a maior empresa do país que está sofrendo ataques dos setores que querem o retrocesso em nosso desenvolvimento econômico e social.
Julio Cesar de Freixo Lobo