COLUNA LUTA DE CLASSES
Atualmente, os sindicatos, discutem uma plataforma eleitoral para reformar o capital. É evidente que os trabalhadores do campo e da cidade querem melhorias para suas vidas, já que ao longo do século XX, os trabalhadores foram massacrados economicamente e reprimidos em sua organização de classe, através de golpes em forma de ditaduras fascistas, contribuindo com o desaparecimento físico destes lutadores.
O sindicalismo reformador discute uma plataforma de base para a candidata à presidência da República, Dilma Roussef, que veremos ao decorrer desse relato em forma de matéria.
Sim, queremos avanço! Precisamos viver! Até esse momento de venda de nossa força de trabalho, para a nossa existência, fomos vítimas de uma repressão constante e de várias formas de medidas contra a classe trabalhadora. Porém, não podemos ter a ilusão de que mudanças concretas e em nome da classe trabalhadora, de fato ocorrerão em um estado burguês, mesmo que a eleita seja uma presidenta de caráter progressista.
Os trabalhadores têm o direito de melhorias em sua vida, que dê muito sofrida lhe seca a alma. Mas, será isto possível hoje? Inocência ou má fé, por parte de quem reivindica uma plataforma para os trabalhadores?
O primeiro ponto da plataforma é o da valorização do trabalho, pauta da luta histórica pela jornada de trabalho de 40h semanais, sobre a qual os aliados do próprio PT se negam a discutir a PEC, que trata da diminuição da jornada de trabalho em 2010. Valorização do trabalho, com salários minguados em salários base girando entre 820,00 e 1.100,00 reais e um salário mínimo de 510,00 reais (é um espanto saber que sindicatos considerem esses minguados salários como renda. O mínimo para garantir a existência dos seres humanos não deveria ser chamado de renda).
O segundo ponto da plataforma é a inclusão social, como se o fato dos trabalhadores serem explorados todos os dias de suas vidas, acumulando mais-valia aos que detêm os meios de produção, fosse um meio de inclusão social. É dessa inclusão social que os trabalhadores e trabalhadoras participam? Do direito de serem explorados através do trabalho?
Outro ponto é o Estado democrático. Aí perguntamos: democracia de quem e pra quem? O Estado burguês não é e nunca será democrático com a classe trabalhadora, ao contrário, atua como instrumento repressor e será mantido assim enquanto a classe burguesa estiver no poder. A juventude da periferia de todo o Brasil conhece bem esse Estado de direito do qual participamos.
Por fim, discute-se a participação ativa da sociedade. Sim, concordamos com ela, porém com mobilização e organização revolucionária da classe.
Estado democrático com carater público , e participação ativa da sociedade .
Leitores do INVERTA, o ano eleitoral de 2010 já começou e devemos avançar juntamente com forças progressistas e organizar a classe trabalhadora através de uma força catalisadora formada por homens e mulheres com consciência revolucionária, forjando seu partido de classe, e destruindo o Estado burguês, para assim, conformar a verdadeira sociedade da inclusão social.
Wilson Ribeiro
São Paulo