O que se esconde por trás da Ceará Steel?

Resportagem da Juventude 5 de Julho que demonstra a verdadeira face, e o que representa o mega-empreendimento da Ceará Steel, alardeado por uns como solução, mas que demonstra através de dados um desatre total ao povo cearense, em benefício da oligarquia local.

O que se esconde por trás da Ceará Steel?



Resportagem da Juventude 5 de Julho que demonstra a verdadeira face, e o que representa o mega-empreendimento da Ceará Steel, alardeado por uns como solução, mas que demonstra através de dados um desatre total ao povo cearense, em benefício da oligarquia local.

O Governo do Ceará é um conhecido sedutor de capitais estrangeiros, em que esse oferece a preço de batata a riqueza da terra (mão-de-obra barata, e incentivos fiscais de toda natureza) para que estes venham e explorem até se lambuzarem. Aliás, é uma lição da cartilha do Neoliberalismo que a oligarquia cumpre a risco e muito bem feito. Afinal de contas, muito antes de Fernando Collor “instituir oficialmente” o Neoliberalismo no Brasil, o Sr. Tasso Jerreissati já atraia industrias em troca de “atrativos”.

Foi assim com muitas empresas em funcionamento no Estado, e está sendo assim com o mega empreendimento da Siderúrgica Ceará Steel, que prevê a produção de 5 milhões de placas de aço por ano apenas, mas que está sendo mostrada na grande mídia como a grande “chave” que tirará o Estado do subdesenvolvimento.

Porém, contrariando a mídia da oligarquia da oligarqua cearense, há uma série de dados e fatos que devem ser colocados em pauta a respeito da implantação dessa Siderúrgica no Ceará, suas reais intenções, e quem realmente deve interessar o mega-empreendimento.

Será que realmente interressa ao povo trabalhador cearense? (Como alardeiam por aí?)

O projeto da Siderúrgica Ceará Steel tramita nos bastidores da pol´tica cearense há mais de uma década, com muita polêmica e uma série de dificuldades na realização (leia-se “inviabildade”). As empresas investidoras no projeto são, principalmente, a Companhia brasileira (?) Vale do Rio Doce, que forneceria a matéria-prima (minérios de ferro), a sul-coreana Dongkuk Steel, que compraria as chapas de aço produzidas pela Ceará Steel, e a italiana Danieli, que forneceria máquinas e a tecnologia necessária para Siderúrgica. Estas mesma são acusadas prlos próprios dados do projeto de super favorecimento na receptação de materias-primas.

Só para se ter uma idéia, a Petrobrás assinou um contrato em 1996 com as empresas citadas,onde essa oferece diariamente pelo menos 1,2 milhoes de metros cúbicos de gás ao custo de US$2,44 por milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica), sendo que o documento estabelecia ainda que se o consumo da planta ficasse acima do previsto, preço subiria para US$ 2,91. Esses valores sendo corrigidos atualmente seriam, respectivamente, US$ 2,90 e US$ 3,45, mas que internacionalmente está sendo negociado a US$ 5,70!. Com este baixissimo custo, a Petrobrás decidiu que não mais aceitará subsidiar o gás a preços tão baixo. Alias, se for assim, será um notável prejuízo para os cofres públicos, que se revestido a valores ao mês, chega-se a cifras astronomicas contra o trabalhador.

Além disso, a estimativa de empregos direitos e indiretos é ridícula considerando a dita grandiosidade do empreendimento. Pelo fato da Siderúrgica ser integralmente mecanizada, o contigente inicial de trabalhadores é drasticamente minimizado a ínfimos 1.600 empregos. O próprio perfil dos trabalhadores é comprometido, já que a grande massa será sumariamente cortada por falta de “qualificação técnica”. Prova disso, é o testemunho de desprezo pelo trabalhador cearense dado pela Dankuk e Danieli, que já manifestaram a decisão de compor seus quadros técnicos com profissionais sul-coreanos e italianos, por causa de uma provável “especialização”.
> Isso sem contar com a famigerada política de insentivo fiscal, infelizmente tão comum nesta terra de neoliberais. Da mesma forma dos empresários já instalados aqui, que burlam as leis trabalhistas livremente e gozam de insensão de impostos, o consórcio da Ceará Steel não ficaria para trás. Mesmo antes desta empresa entrar em funcionamento, muitas denuncias de possiveis “irregularidades” em relação aos trabalhadores já cercam os bastidores da notícia. A preocupação de que um operário local teria desvantagens (equivalencia de salários, etc) em relação a outros é certa. Enquanto que os grandes capitalistas se deliciarão no banquete, ao trabalhador cearense, de fato, só restará migalhas do projeto.

No ano passado, porém, com a perda da refinaria de Petróleo para Pernambuco, este “comprometido” projeto voltou a tona. O então candidato a reeleição Lula procurou recompensar a burguesia local prometendo em campanha a rápida concretização da Ceará Steel. A burguesia ficou saitisfeitísima com a perspectiva compensatório de um salto promissor nos seus lucros.

Mas como o projeto não tem cabimento, o próprio presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, declarou que “o pojeto era inviável”, e que a Petrobrás não mais venderia gás a Siderúrgica”. A burguesia pretestou o acordo como foi firmado anteriormente e, com garras de fera, e seus representantes políticos alvejaram o governo e a estatal brasileira com críticas.O Deputado Federal Ciro Gomes declarou que nunca confiou em Gabrielli, e que “se fosse Lula, demitiria-o no momento da declaração”. O Deputado Luís Pontes (PSDB) foi mais baixo, e declarou em sessão na Assembléia que “o Sr. Gabrieeli sofre de desvio de personalidade e falta de caráter”. Em meio a tanta efervescência, o presidente Lula reafirmou a instalação da Siderúrgica. É mais uma vez o presidente Lula refém da burguesia.

O projeto da Siderúrgica Ceará Steel tem, por princípio, caráter espoliador, Engana-se o tabalhador ao pensar que o empreedimento traria vantagens para o Ceará. A grande verdade é que mais uma vez o capital, local e internacional, tenta ganhar em cima do povo. Os conhecidos políticos demagogos mais uma vez ludibriam o povo, evenenando-os com falsas perspectivas, em prol dos próprios interesses. Aos trabalhadores, nem a voz dos parlamentares da “esquerda institucional” se levantam. A ideologia da burguesia tenta nos esconder da verdade, mas não deixemos cegar diante o espetáculo fantasiado por eles, o trabalhador e todo o povo cearense.

Diremos não as distorsões enganadoras da mídia capitalista. Digamos basta às mentiras e deturpações da burguesia! Chega de exploração! Chega de histórias mal contadas! Não passarão!

                                J5J/CE