Umbigüidades

Em “Umbigüidades”, a atriz baiana Iami Rebouças revisita 14 personagens dos mais de 40 por ela interpretados em 20 anos de carreira. O fio condutor do espetáculo é seu depoimento pessoal, com um painel das contradições da profissão de ator.

Umbigüidades


Está fazendo o maior sucesso de crítica e público o espetáculo “Umbigüidades”, em que a atriz baiana Iami Rebouças revisita 14 personagens dos mais de 40 por ela interpretados em 20 anos de carreira, resultado de sua pesquisa de mestrado em artes cênicas, focada no recurso vocal do ator.

O fio condutor do espetáculo é o depoimento pessoal da atriz, gerando um painel das contradições da profissão de ator, como ela define: “Concebi o espetáculo como uma parte prática do meu aprendizado no mestrado em artes cênicas. Pensei que só teria interesse para uma platéia de atores e de estudantes de teatro. Mas, a reação do público é surpreendente. As pessoas gostam justamente deste processo de desvendamento do trabalho do ator, do bastidor da criação dos personagens”.

Iami interpreta fragmentos de textos de Brecht, como “Mãe Coragem” e “Sr. Puntilla e seu Criado Matti”, do dramaturgo francês Alfred Jarry (“Ubu Rei”), Eurípedes (“Electra”), Shakespeare (“Macbeth”), diversos textos da dramaturga baiana Aninha Franco, entre outros autores. “Umbigüidades” faz parte do projeto EnCena Brasil, da Funarte, que será apresentado no Glauce Rocha durante todo o ano de 2001, que trará ao Rio montagens teatrais de diversos estados brasileiros. Sempre três montagens de cada estado, que ficarão em cartaz por duas semanas, de quarta a domingo.

Segundo informa a assessoria do espetáculo, o projeto foi iniciado com o musical “O Vôo da Asa Branca”, sobre a vida de Luiz Gonzaga, do diretor baiano Deolindo Checcucci, com enorme sucesso de público e elogios da crítica especializada durante a temporada no Teatro Glauce Rocha. “Umbigüidades”, com Iami Rebouças, foi a segunda montagem baiana a estrear no Rio, dentro do EnCena Brasil. A comédia “Volpone”, com o Núcleo de Teatro do Teatro Castro Alves e direção de Fernando Guerreiro, fechará o ciclo Bahia do projeto, de 25 de abril a 06 de maio. Em seguida, o EnCena Brasil trará ao Teatro Glauce Rocha espetáculos do Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais, até o fim de 2001.