"Eu não vou cair", responde Dilma Rousseff à oposição no Brasil

Brasília, 7 jul (Prensa Latina) Em meio a ataques da oposição no Brasil que preveem uma saída prematura da presidência do país, Dilma Rousseff respondeu que ela não vai cair e não teme a essas expressões sem base, porém um tanto golpistas.

"Não há base para que eu caia, que tentem, se há uma coisa da qual não tenho medo é disso", vou enfrentar a oposição e não vou renunciar, ressaltou Rousseff em uma entrevista difundida nesta terça-feira pela "Folha de S. Paulo".

Seus pronunciamentos registraram-se após o máximo representante da opositora organização Social Democrata (PSDB), o senador Aécio Neves, anunciar que a atual presidenta corre o risco de não concluir seu segundo mandato, iniciado em janeiro último.

"O que observo é que alguns partidos que hoje apoiam o governo têm a sensação, até maior que a nossa, de que ela (Rousseff) terá dificuldades para concluir seu mandato", disse Neves.


Para a chefe de Estado, não existem evidências, nem provas, nem fatos para propor um julgamento político contra ela e provará ante o Tribunal de Contas da União (TCU) que não há irregularidades no atraso registrado em 2014 na entrega de fundos a bancos para os programas sociais.

O que fizemos constitui uma prática de outros tempos, realizada em muitas ocasiões por governos anteriores e nenhum foi acusado de violações, afirmou.
Rousseff adiantou que prepara outras medidas fiscais para compensar as mudanças realizadas pelo Congresso a anteriores propostas governamentais, tendo em vista garantir um menor dano para a economia do país.

Ao se referir ao aliado Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do vice-presidente Michel Temer, disse que este não está incluído entre os agrupamentos opositores.

Temos uma boa relação com este partido e este não se situa entre os que tentam afastá-la do governo, ressaltou.

A chefe de Estado referiu-se igualmente a um recente rumor, divulgado na internet, de que tentou se suicidar e esclareceu que nunca, nem quando esteve presa durante a ditadura militar, pensou em tirar a própria vida.

Depois de elogiar seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, questionou as recentes prisões dos máximos representantes das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez, pelo fato de que poderiam ter cometido algum ilícito ao participar nas licitações de obras do Plano de investimento e Logística do governo.

Gostaria de contar com um maior fundamento para a prisão preventiva dessas pessoas, apontou ao criticar igualmente que a um partido acusam de receber doações e a outro não.

É uma coisa muito estranha para mim, pois no mesmo dia que recebo uma contribuição para a campanha, o candidato adversário também aceita uma doação, indicou.

Prensa Latina