Extermínio do povo pobre e negro em Belém do Pará

Os assassinatos ocorridos no Pará na madrugada do dia 4 de outubro são mais um grave de massacre cometido por agentes da ordem que reforça uma vez mais a necessidade da extinção da polícia militar, herança da ditadura militar.

Em maio de 2006, no estado de São Paulo, após os mal explicados ataques do PCC, organizados de dentro dos presídios administrados pelo PSDB, pelo menos 505 pessoas, a maioria jovens negros, foram executados sumariamente por grupos de extermínio formados por policiais militares.

A Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal recentemente solicitou o desarquivamento dos inquéritos recebendo uma resposta cínica do governo Alckmin que engavetou esse caso que pode ser considerado o maior massacre da história recente de nosso país.

O mesmo enredo está sendo repetido neste momento no Pará. Após a morte de um policial, grupos de extermínio formados por policiais da polícia do estado do Pará executaram diversas pessoas na madrugada do dia 4 de outubro. Foram pelo menos 9 assassinatos confirmados, mas podem ter sido muito mais, pois assim como ocorreu em São Paulo, muitos crimes só vieram a tona anos depois daquele fatídico mês.

O envolvimento de policiais está comprovado por mensagens publicadas em redes sociais nas quais membros da Polícia Militar do Pará, sem pudor algum, afirmaram que fariam “uma limpeza na área”.

O recente caso do massacre de estudantes em Iguala no México no qual mais de 40 estudantes foram assassinados à mando do prefeito deste município demonstra como uma onde de violência desatada pela burguesia neoliberal é capaz de destruir um país.

Este é mais um grave de massacre cometido por agentes da ordem que reforça uma vez mais a necessidade da extinção da polícia militar, herança da ditadura militar.

Julio P S