Indicação de voto para o governo do Estado de São Paulo

indicamos que a votação se dê naquelas que representem diretamente os interesses dos trabalhadores e camponeses em suas várias frentes de luta e que, ao mesmo tempo, rechacem o violento massacre neoliberal e fascista contra o nosso povo; nas candidaturas que se coloquem abertamente pela autodeterminação e solidariedade aos povos latino-americanos;

Mesmo sabendo que o processo eleitoral burguês assemelha-se a um elefante branco que pariu um rato, centenas de milhões de reais para a máquina pública continuar como antes, o resultado do pleito poderá afetar a atual correlação de forças de forma mais ou menos favorável ao movimento operário. A força que sair hegemônica no estado, o principal do país, atuará positivamente ou negativamente em relação ao governo federal, que por sua vez atuará diretamente na conjuntura político-econômica do continente.

Como não temos no estado uma candidatura revolucionária e própria, para nós é importante que determinada candidatura vá ao encontro e compromisso de um programa que atenda minimamente as demandas sociais de nosso povo trabalhador. Também é importante, para além do discurso eleitoreiro, o posicionamento e ação histórica do candidato e do partido frente às demandas sociais.

Considerando as várias coligações no estado de São Paulo, uma aliança em particular que salta aos olhos de qualquer operário e camponês, é a aliança em torno do PSDB- Rede Globo, e seus partidos satélites DEM, PPS, PV e, por último, na bacia das almas, o PSB (de Marina). A aliança PSDB-Rede Globo, comandada pelo chicago boy neoliberal Geraldo Alckmin, é diretamente responsável pelo violento massacre neoliberal-fascista contra o seu próprio povo e pela grave crise de desabastecimento de São Paulo.

Depois de 20 anos no governo de São Paulo, o estado mais rico do país convive com a maior crise no abastecimento de água e no transporte público de sua história. A crise d’água é tratada pela Rede Globo como se fosse provocada pelo desperdício da “população” e pela falta de chuvas, e nunca pela política neoliberal do governo do PSDB, que retira os investimentos em manutenção e melhoria do sistema para distribuí-la, sob a forma de “dividendos”, entre os “acionistas” (nacionais ou internacionais).

A mesma manipulação ocorre com o transporte público. Para a Rede Globo, a precariedade e alto custo do sistema é decorrente de “vandalismo” e “sabotagem”, jamais pela política neoliberal do chicago boy Alckmin que promove contratos milionários com multinacionais e bancos privados, rotulados de PPP (Parceria Público Privada), para encher o caixa 2, num bilionário esquema de corrupção – batizado de trensalão.

Por outro lado, não há golpe patrocinado pelos EUA contra governos legítimos em nosso ou outros continentes que esta aliança não saia na frente com suas mentiras para justificá-los, seja ele de fachada militar ou civil.
Dessa forma, temos que rechaçar abertamente as candidaturas dos facínoras e chicagos boys neoliberais Geraldo Alckmin e José Serra. Da mesma forma devemos agir com relação aos seus correligionários.
Considerando ainda que vários partidos e candidaturas da dita esquerda (institucional) não são expressivas o suficiente para atuar na correlação de forças no principal estado do país; considerando que partidos, como o PDT e PCdoB, apenas lançam candidatos no intuito de projetar seu próprio partido para eleger o maior número possível de parlamentares; considerando que partidos, como PSOL, PSTU, PCB e PCO, lançam suas candidaturas tão somente para polarizar a correlação de forças na direção de seus respectivos sindicatos e movimentos sociais – não é possível nos posicionarmos no sentido da defesa de um ou outro nome neste campo da oposição eleitoral.
Diante das condições atuais, indicamos o voto no candidato de número 13 para as eleições ao governo de São Paulo. O candidato Alexandre Padilha foi ministro das Relações Institucionais no governo Luiz Inácio Lula da Silva e Ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff. No campo da oposição institucional no estado de São Paulo, a candidatura de Padilha é a que tem mais força para polarizar o pleito contra o candidato mais reacionário da atual disputa eleitoral (Geraldo Alckmin e seu PSDB-Rede Globo).

Da mesma forma, indicamos o voto no candidato de número 13, Eduardo Suplicy, para o senado, em oposição à candidatura de José Serra, chicago boy neoliberal, também da aliança PSDB- Rede Globo.

Como não foi possível fechar nenhum compromisso com nenhuma das candidaturas para deputados estadual e federal, indicamos que a votação se dê naquelas que representem diretamente os interesses dos trabalhadores e camponeses em suas várias frentes de luta e que, ao mesmo tempo, rechacem o violento massacre neoliberal e fascista contra o nosso povo; nas candidaturas que se coloquem abertamente pela autodeterminação e solidariedade aos povos latino-americanos; nas candidaturas que rechacem abertamente os golpes patrocinados pelos EUA e Europa contra os governos legítimos em nosso e em outros continentes.

Sucursal SP