Luta na Esplanada

Matéria da Sucursal São Paulo em apoio ao Acampamento Revolucionário Indígena

 

Indígenas brasileiros estão acampados na Esplanada dos Ministérios desde o inicio do ano, contrários ao Decreto Presidencial 7056/09 - que “privatiza” a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), extingue “Postos Indígenas, Administrações regionais do órgão”, além de direitos adquiridos pelos índios - “exoneração do Presidente da FUNAI e do CPNI Márcio Meira, criação do CNDI (Conselho Nacional de Direito Indígena)”, qual elegerá os responsáveis pela FUNAI por meio de Eleição Indígena Direta, esses são alguns dos 15 Pontos que o Acampamento Revolucionário Indígena (ARI) reivindica em sua luta no Distrito Federal.

 

Passando por várias dificuldades na Esplanada os indígenas passam necessidades básicas de alimentação, sofrendo repressão por parte da Polícia Federal e as artimanhas do órgão de espionagem federal. Sua luta continua com a vontade de um povo que protege sua terra e seu direito a ela para resolver os problemas, com a falta de comida o ARI recebe auxilio de algumas organizações ligadas à luta pela terra e pessoas que se solidarizam com o acampamento. além do jogo sujo que o governo tem feito com o corte da alimentação, a imprensa burguesa e o gabinete governamental plantam falsas acusações de que lideranças do movimento pediram propina para dissolver o acampamento, essa notícia apareceu como capa do jornal Alô Brasília e logo copiada pela líder da imprensa burguesa golpista, a Vênus platinada (Rede Bobo plim plim) sem ao menos averiguar a veracidade da notícia.

 

Dentre as etnias que compõe o ARI estão os povos Pankararu, Korubo, Mundurucu, Krahô-Canela, Fulni-ô, Guajajaras, Kayapó, Tapayuna e Panará. Recebem apoio e solidariedade de outros povos indígenas da América Latina. Estes povos resistem com afinco à difícil batalha contra uma horrenda repressão psicológica e física que estão sofrendo, em julho uma força policial invade o acampamento, sem mandato judicial, destruindo várias barracas e deixando seu rastro de dor, como já conhecemos. Assim continua a exploração e destruição das terras dos povos indígenas.

 

O Acampamento Indígena continuam em luta pela sua liberdade, contra a exploração histórica de seu povo e sua terra, buscando autonomia nas decisões referentes aos indígenas e proclamam que “O Índio é a Terra e não se pode separar”.

 

 

Salve o Acampamento Revolucionário Indígena!

 

Contra a exploração histórica aos povos indígenas!

 

Contra a repressão governamental ao ARI!

 

Viva a liberdade total e irrestrita aos povos brasileiros!

 

 

Diego B. – Sucursal São Paulo