Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em São Paulo

Há cerca de 15 anos, o PCML retomou, junto com outros movimentos e sindicatos, o Primeiro de Maio na Praça da Sé. Veja como foi o ato deste ano que reuniu diversas organizações e partidos de esquerda.

Em São Paulo, no Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, militantes do Comitê de Luta pelo Socialismo, CEPPES e da Juventude 5 de Julho participaram do histórico 1º de maio na Praça da Sé, cenário de várias lutas. Depois, somaram forças com os movimentos que apoiam a permanência da presidenta Dilma, na concentração no Vale do Anhangabaú.


Além de lembrar a luta e as batalhas históricas de muitos trabalhadores e trabalhadoras hoje, São Paulo também se posiciona sobre a imposição fascista dos governantes de direita, que estão no Congresso Nacional. Desde 2004 a PL4330 (PL da terceirização), que tem como objetivo tirar todos os direitos conquistados pela classe trabalhadora no Brasil, estava nas gavetas do Congresso, assim como também estava a PEC171, que estabelece a redução da maioridade penal, que afeta principalmente os filhos e filhas da classe trabalhadora, cuja particularidade do Brasil, é a juventude preta e pobre.
O ressurgimento das cinzas desses projetos conservadores são respostas claras que a direita golpista e entreguista está dando a certas medidas do governo da presidenta Dilma, como o modelo de partilha no Pré-sal, que garante um maior controle de toda a extração pela Petrobrás e, além disso, garante o investimento de 75% dos lucros vindos do petróleo na educação e 25% na saúde. Além disso, o alinhamento da presidenta na campanha pelo Plebiscito e Reforma Política e evidentemente, a representação internacional do governo Dilma, compondo com os BRICS e com nossos Estados irmãos latino-americanos.


O que se pode ver de positivo nos atos de hoje na Sé e no Anhangabaú, além da adesão de organizações de esquerda que geralmente não fazem frente com as bases do governo, foi o tom da fala do ex-presidente Lula, que guia as ações dos grandes movimentos de massa que são a base do governo. O discurso se mostrou mais combativo neste momento de defesa da nossa democracia e dos projetos que mudaram a qualidade de vida da classe operária.


A contradição do governo Lula-Dilma, que é a contradição de qualquer governo que não entende o fim da burguesia como solução para acabar com esse estado de angústia, é mais evidente do que nunca. O momento da classe trabalhadora é de defensiva, em que não podemos perder nossos direitos que estão fortemente ameaçados. Para isso, devemos defender o governo legítimo da presidenta Dilma, devemos ir às ruas defender nossos direitos, barrar o golpismo e assim criar instâncias de poder popular para que o povo tome o poder e quebre todo e qualquer laço de relação capitalista.

Por um 1º de Maio Socialista!

Por um Estado Do trabalhador e Para o trabalhador!

Não ao PL 4330 E PEC 171!

J5J/CLPS - SP