Ucrânia acelera em direção ao fascismo aberto: trabalhos forçados e valas comuns.

KIEV, 30 SET – No dia 23, o Ministério do Trabalho Social ucraniano colocou em vigor uma lei que instaura, de fato, algo que havia sido relegado às sombras da história da classe trabalhadora do país desde a esmagadora vitória proletária sobre o fascismo em 1945, os trabalhos forçados.

Em decreto assinado pela ministra Ludmila Denísova, o gabinete de ministros apresentou, “devido à situação no Leste do país, (...) mudanças na ordem da resquisição de pessoas aptas ao trabalho socialmente útil nas condições de guerra. Definiu-se o termo “trabalho obrigatório”.

Segundo o texto, estão aptos para este tipo de trabalho os desempregados, os colaboradores de empresas que estejam envolvidas na situação da guerra, estudantes, pequenos empresários e outras categorias de civis.

Segundo um analista do canal digital OpEd News, salta aos olhos que a formulação “acordo entre as partes” seja usada num termo onde uma das “partes” pode obrigar a outra ao trabalho “sem o necessário consentimento”. Menciona-se ainda que “será assinado um contrato de trabalho”, ainda que não haja linha alguma sobre a obrigação do Estado em pagar pelo uso da força de trabalho.

Ainda hoje, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Evguêni Parabeinos, disse que todos os procedimentos de internos Estado para que entre em vigor o Acordo de Associação com a União Europeia haviam sido completados, e que o Conselho da UE decidiu atrasar a impremetação da Área de Livre Comérico até o final de 2015. Até lá, disse, a legislação ucraniana deve ser adaptada às normas da UE.

Ao mesmo tempo, baseado em informações vazadas por serviços de intelgência, o governo russo abriu inquérito para investigar supostas “ordens de extermínio” da população ucraniana russófona por parte do estado de Kiev, nas rebeldes repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

Desde o início da semana passada, foram encontradas já três valas comuns com mais de 40 mortos nas duas repúblicas beligerantes, todos até agora indetificados como guerrilheiros da coalizção de resistência antifascista e civis das regiões sublevadas de Donetsk e Lugansk.

Eduardo Kajni, para o INVERTA.

Sebastião josé alves
Sebastião josé alves disse:
22/10/2014 01h42

Todos os assassinos devem ser presos julgados e condenados.

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